Saúde mental e redes sociais são dois aspectos que precisam ser cuidadosamente avaliados pelos usuários de internet.
Essas plataformas fazem parte da vida das pessoas há anos, mas assim como são fontes de informação e entretenimento, o uso excessivo ao longo do tempo pode provocar dependência e prejudicar a saúde mental.
Não é de hoje que os profissionais da saúde observam impactos relacionados ao uso das redes sociais para a saúde mental, e um dos maiores fatores é o excesso de dependência desses canais.
Vários distúrbios podem ser desenvolvidos, como ansiedade, depressão e até isolamento. As pessoas precisam controlar o uso e os pais devem observar o comportamento de crianças e adolescentes nessas plataformas.
O excesso de dependência pode até mesmo fazer com que o indivíduo não queira sair de casa para acessar as redes sociais, algo que pode prejudicar o convívio em sociedade e se transformar em fuga da realidade.
Cuidar da saúde mental é importante, por isso, este artigo vai explicar os riscos das redes sociais para a mente, como equilibrar o uso desses canais na internet e explicar como eles podem interferir na saúde mental.
Riscos das redes sociais para a saúde mental
O uso desmedido das redes sociais pode acarretar vários danos e esfacelos à saúde mental, e o principal deles é a dependência. As pessoas passam cada vez mais tempo nesses canais e muitas desenvolvem condições, como:
- Ansiedade;
- Depressão;
- Sensação de isolamento;
- Perda de acontecimentos;
- Pressão;
- Esgotamento;
- Obsessão com o corpo.
As pessoas se cobram cada vez mais para fazer boas publicações, postar fotos e acompanhar os padrões estabelecidos nessas plataformas.
Empresas dos mais variados tipos, como um fabricante de porta de correr para escritório, usam as redes sociais para divulgar os produtos e serviços, mas o problema está no uso das pessoas.
Os padrões impostos nessas plataformas causam a impressão de que a vida de alguns usuários é fantástica por conta de suas publicações. Isso acaba desenvolvendo a ansiedade e um confronto com a suposta plenitude dos outros.
Muitos usuários se comparam com as publicações supostamente perfeitas e acreditam que suas vidas estão estagnadas e não conseguem alcançar seus objetivos.
Além do mais, o acesso constante às notícias negativas que comentários desagradáveis geram impactos ruins para os usuários.
A pessoa começa a se questionar sobre o mundo e a sociedade e acaba ficando ansiosa com seu próprio futuro.
As redes sociais são ótimas plataformas para se conectar com o mundo e se relacionar com pessoas de várias origens e personalidades, mas isso também tem seu lado negativo.
A internet permite acesso à informação sobre qualquer assunto, seja uma receita de bolo, seja o procedimento realizado em uma cirurgia de patela em cachorro. Mas a facilidade de encontrar pessoas com interesses similares toma muito tempo da vida.
O excesso de interação virtual aumenta a sensação de solidão e faz com que o usuário se isole para viver relações “perfeitas”. Além do isolamento, a pessoa sente que está perdendo acontecimentos importantes.
Assistir a vida de outras pessoas acontecerem nessas plataformas faz com que o usuário tenha medo de perder vivências e experiências por não estar aproveitando a fase da vida em que se encontra.
É alguém que se cobra por não ter viajado, ter uma relação bem-sucedida, não ter se divertido como deveria, não estar trabalhando em determinada carreira, entre outras questões.
Muitos começam a planejar o que vão fazer e se cobram a ponto de não se sentirem em paz e essa sensação colabora com o surgimento da depressão.
Até mesmo a relação do indivíduo com sua autoimagem é prejudicada por que nas redes sociais as pessoas colocam suas melhores fotos e isso estabelece um padrão estético.
Um fabricante de acessórios para cachorro fêmea pode usar o photoshop para melhorar a qualidade das imagens e atrair as pessoas, mas o problema é que os próprios usuários fazem isso para consertar o corpo.
Fotos perfeitas e o compartilhamento de dietas começa a fazer com que alguns busquem o físico perfeito e essa obsessão provoca transtornos alimentares que afetam a saúde física e mental.
Redes sociais: como fazer um uso equilibrado?
Mesmo diante de tantos perigos para a saúde mental, existem maneiras de equilibrar o uso das redes sociais, tais como:
Usar plataformas relevantes
As redes sociais atraem e distraem de maneiras diferentes e elas são muito eficientes para chamar a atenção das pessoas e tomar seu tempo.
Antes de ingressar nessas plataformas, é interessante avaliar sua relevância e propósito, mas se o usuário tiver alguma dúvida, pode deixar de participar e buscar outras atividades.
Desativar as notificações
Uma casa de repouso perto de mim precisa manter as notificações ativadas para acompanhar suas estratégias de marketing, mas os usuários comuns não têm essa necessidade.
A maioria acessa os perfis pelo celular e os aplicativos geram alertas das atividades que acontecem relacionadas ao perfil. Esses alertas despertam a curiosidade e são uma perda de tempo.
Para evitar distrações, é necessário configurar os aplicativos do aparelho e desativar os alertas no celular. Aliás, é interessante fazer isso com todos os aplicativos quando precisar fazer alguma coisa mais importante.
Definir horários para acessar
Não é necessário desativar os perfis definitivamente, pois é perfeitamente possível verificar essas plataformas em um horário definido.
O ideal é navegar pelas redes sociais em intervalos do trabalho por alguns minutos, assim, o usuário não perde tempo com coisas desnecessárias e ainda consegue acompanhar as plataformas sem se prejudicar.
Seguir apenas alguns perfis
Marcas dos mais variados segmentos, como um fabricante de divisória de vidro para quarto, estão nas redes sociais para divulgar seus produtos e serviços, e os usuários podem segui-las para saber sobre as novidades.
No entanto, é fundamental saber selecionar os perfis que serão seguidos, inclusive quando se trata de pessoas comuns.
O excesso de seguidores e de perfis que são acompanhados prejudicam a qualidade das publicações que o usuário visualiza e é uma grande perda de tempo.
É fundamental selecionar pessoas, marcas e conteúdos que realmente são interessantes e eliminar excessos.
Separar o online do offline
As redes sociais fazem parte do cotidiano, mas é fundamental entender que a vida real é muito mais importante.
Valorizar as redes sociais mais do que a realidade é um comportamento ligado a insatisfação pessoal, por isso é importante manter o foco nos objetivos pessoais e profissionais porque não existe nada mais importante do que isso.
Como as plataformas interferem na saúde mental
Uma instituição de saúde do Reino Unido fez uma parceria com o Movimento de Saúde Jovem e levantou um estudo mostrando que as redes sociais provocam efeitos positivos e negativos na saúde humana e isso depende de como são usadas.
Acompanhar uma empresa, como um fabricante de bancada industrial aço, não traz nenhum prejuízo desde que exista equilíbrio, mas o compartilhamento de uma foto pode até mesmo impactar o sono e a autoimagem.
Além disso, aumenta o medo de não vivenciar os mesmos acontecimentos que outras pessoas estão compartilhando. A pesquisa também mostrou que 70% dos jovens afirmam que as redes sociais faz com que se sintam pior em relação à própria imagem.
Outras pesquisas reforçarão o narcisismo, padrões de estética, padrões de consumo além da contribuição para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos como a depressão, ansiedade e baixa autoestima.
Uma oficina mecânica especializada em suspensão utiliza essas plataformas simplesmente para mostrar um pouco mais sobre seus serviços, mas as pessoas acabam expondo muito sobre suas vidas.
A espera pelos likes pode trazer impactos para a saúde mental e um dos maiores problemas é o cyberbullying que prejudica a vida de muitos jovens e até de crianças, por conta da agressividade virtual.
Os usuários precisam ter discernimento para usar esses canais, caso contrário, estão se expondo continuamente aos riscos da dependência e do desenvolvimento de transtornos que atrapalham a qualidade de vida.
Acompanhar postagens interessantes sobre carga de ar condicionado automotivo ou sobre pessoas não tem problema nenhum, a complicação começa quando se forma uma dependência desses canais.
A vida real é muito mais interessante e é assim que as pessoas constroem sua realidade e conseguem alcançar seus objetivos, as redes sociais não vão colaborar com isso.
Considerações finais
Mais da metade dos usuários de internet possuem pelo menos um perfil nas redes sociais, e realmente essas plataformas são interessantes para fazer amizade, compartilhar interesses e como fonte de entretenimento.
Só que elas não podem se transformar no sentido de vida dos usuários, pois quando isso acontece, a saúde mental começa a sofrer impactos muito difíceis de lidar. Cabe a cada um impor limites para preservar seu bem-estar.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.